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  • mariaelisaalmeida

Hipertensão Arterial e as Mulheres: tudo que você precisa saber

Você sabia que a hipertensão arterial é mais comum em mulheres em comparação com homens? É o que mostram dados do Ministério da Saúde. Ainda há outra descoberta: pesquisas revelam que a hipertensão arterial é mais incidente em mulheres negras.

Também existem dados que comprovam que mulheres negras têm ainda mais chance de sofrer deste problema. Não há muitas pesquisas sobre este assunto, mas sabemos que esta doença é de difícil controle neste grupo de pacientes. A hipertensão arterial é uma doença caracterizada pela alta pressão que o sangue exerce para se movimentar nas artérias. Quando atinge valores maiores que 140/90 mmHg — ou 14 por 9 –, é necessário cuidado, porque se não controlada a hipertensão pode acarretar infarto do miocárdio, derrame, insuficiência cardíaca, falência dos rins, edema agudo dos pulmões (pelo acúmulo de sangue), crescimento do coração (miocardiopatia dilatada hipertensiva) e angina (dor no peito), aneurismas e dissecção de aorta.

Fatores de risco Embora a hipertensão seja uma doença muitas vezes silenciosa, existem fatores de risco gritantes que devem ser levados em consideração para ficar em alerta sobre este problema, entre eles estão o histórico da doença na família, ingestão de grande quantidade de bebida alcoólica, tabagismo, dislipidemia (excesso de gordura no sangue), obesidade, vida sedentária, estresse e alimentação com excesso de sal.

Estatísticas que atestam o aumento da doença Segundo pesquisas do Ministério da Saúde e dados das Sociedades Brasileiras de Cardiologia e de Hipertensão, mais de 17 milhões de brasileiros são hipertensos. A porcentagem da doença aumentou em todas as faixas etárias, já que atualmente, 63,2% das pessoas com 65 anos ou mais sofrem do problema, 14% da população de até 34 anos é atingida. O índice salta para 34,5%, dos 45 aos 54, e para 50,4%, dos 55 aos 64 anos. Ainda constatou-se que a ocorrência de hipertensão é mais comum no sexo feminino (27,2%) do que no masculino (21,2%).


Uma boa parte da população (24,4%) é portadora desta doença, que é responsável por 80% dos AVCs (acidentes vasculares cerebrais), 40% dos infartos e 25% dos casos de insuficiência renal terminal. Apesar desses indicadores, apenas 23% dos hipertensos controlam corretamente a doença.

Preste atenção nos sintomas É imprescindível que tanto as mulheres quanto os homens façam sempre um check-up, que incluirá uma avaliação clínica para detectar a doença. Outro fator importante é prestar atenção nos sintomas da hipertensão arterial. Os principais são:

  • Dor de cabeça na região da nuca,

  • Visão turva,

  • Sensação de cansaço,

  • Tontura,

  • Sangramento no nariz,

  • Náusea e vômito, que geralmente aparecem quando o caso está mais avançado.



Diagnóstico Pessoas que têm pressão alta precisam visitar o cardiologista pelo menos a cada seis meses. Já as que têm pressão de até 12 por 8, considerada normal, devem ir ao cardiologista uma vez por ano. As crianças também precisam ter sua pressão acompanhada pelo pediatra. Vale lembrar também que 90% dos indivíduos com mais de 55 anos podem desenvolver hipertensão, mesmo aqueles que nunca tiveram pressão alta.


Tratamento Após o diagnóstico da hipertensão, inicia-se o tratamento que se constitui de:

  • Alimentação adequada com redução do uso de sal;

  • Exercícios físicos;

  • Redução da ingestão de bebidas alcoólicas;

  • Cessação do hábito de fumar;

  • Tratamento da obesidade;

  • Controle do estresse;

  • Identificação de doenças (como problemas na tireóide ou rins) ou medicamentos (uso de anti-inflamatórios ou esteroides), que podem causar elevação da pressão;

  • Introdução de medicamentos anti-hipertensivos, quando necessários.

É imprescindível que paciente não interrompa o tratamento, siga as orientações do médico e tome as medicações corretamente.


*Sociedade Brasileira de Cardiologia

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