COMO IDENTIFICAR UM INFARTO EM CASOS DE SINTOMAS ATÍPICOS?
- mariaelisaalmeida
- 23 de out. de 2020
- 3 min de leitura
COMO IDENTIFICAR O INFARTO
O infarto do miocárdio tem sintomas visíveis, por isso, as pessoas precisam estar atentas quando o corpo “falar”. A primeira pista de que a pessoa pode estar sofrendo um infarto é o grande desconforto causado por uma dor intensa sentida no centro do peito. Outros indícios são:
Dor para a mandíbula, pescoço, ombros e braços, principalmente o esquerdo;
Sensação de desmaio;
Suor excessivo;
Náusea e vômitos;
Falta de ar.
Este quadro significa que a situação é grave e a melhor coisa a fazer é buscar ajuda. Ao surgirem os primeiros sintomas, a pessoa deve procurar socorro imediatamente. Os cardiologistas usam a máxima “dor acima do umbigo é sinal de perigo”.
Como ajudar alguém que esteja apresentando os sintomas do infarto
Caso você esteja com alguém que apresente esses sintomas por mais de dez minutos, não perca tempo: procure socorro urgente. Enquanto a ajuda médica não vem, é preciso agir e o mais indicado é:
Tranquilizar e aquecer a vítima;
Salvo orientações médicas, não lhe dê nada de comer ou beber. Desde que a pessoa não apresente dificuldades para engolir e não seja alérgica, dê-lhe um comprimido de aspirina, que ajuda a prevenir coágulos sanguíneos;
Se a vítima desmaiar verifique sua respiração e seu pulso. Na ausência desses sinais vitais, comece imediatamente os procedimentos de recuperação cardiopulmonar e chame o serviço de emergências.
Caso a vítima seja você
Tossir com força, profunda e prolongadamente, várias vezes. Não se esqueça de inspirar antes tossir;
Procure ajuda para rápido transporte a um hospital.

COMO IDENTIFICAR UM INFARTO EM CASOS DE SINTOMAS ATÍPICOS?
Em 20% dos casos pode acontecer um infarto sem haver a conhecida dor no peito.
Uma forte dor no peito ao longo de 20 minutos e que se espalha para o braço esquerdo ou ombros. Esse é um dos sintomas mais comuns detectados em casos de infarto.
Mas nem sempre o infarto se manifesta assim, e muitos pacientes desconhecem outros sinais.
Uma em cada cinco pessoas pode sofrer infarto sem apresentar a dor torácica.
Como é sabido, reconhecer os sintomas rapidamente é importante para aumentar a chance de uma boa recuperação.
Entre os sintomas atípicos estão: cansaço, falta de ar (mesmo durante atividades leves ou mesmo em repouso), palpitação no peito, suor frio excessivo na parte superior do corpo, dor no estômago (às vezes com sensação de que ela se espalha pelo pescoço ou mandíbula), palidez, ânsia de vômito e azia.
Mas como saber se um sintoma comum como cansaço ou azia são prenúncio de um infarto ou um desconforto como tantos outros?
“Todos esses sintomas podem ocorrer de forma isolada, mas o mais comum é ocorrer uma combinação entre eles. Uma característica marcante é o início da apresentação, que habitualmente é repentina. A pessoa consegue indicar com exatidão o dia e a hora em que os sintomas começaram”.
Pessoas mais propensas aos sintomas incomuns
Qualquer um está sujeito a tais sintomas, mas existem grupos que devem ficar mais atento. Um dos principais inclui as mulheres. Nelas, os sintomas costumam se diferenciar dos homens. Em vez de formigamentos no braço e forte dor no peito, o infarto tende a causar fadiga intensa, náuseas e dor no estômago.
“Não raramente, a mulher minimiza a intensidade dos sintomas, bem como os atribui a outras causas, como noite mal dormida ou doença simples e passageira, retardando assim o diagnóstico”.
Portadores de diabetes também precisam ficar alertas, pois distúrbios da função sensitiva decorrentes da doença alteram a sensação de dor.
“O diabetes é a principal causa de uma condição clínica conhecida como neuropatia diabética, em que a função dos nervos periféricos está comprometida, alterando ou anulando a percepção de dor. Com isso, o paciente corre maior risco de desenvolver uma apresentação atípica do infarto”.
Por fim, os idosos, principalmente acima dos 80 anos, também apresentam insensibilidade dos nervos periféricos, o que pode modificar a sensação de sintomas.
Se você se encaixar nessa descrição, procure logo um médico, principalmente se você apresentar outros fatores de risco conhecidos para doenças cardíacas, como colesterol alto, hipertensão arterial e histórico familiar de enfermidades cardiovasculares.
Fontes: Coração Alerta e Sociedade Brasileira de Cardiologia





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