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CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA: CORAÇÃO DO TAMANHO ERRADO

  • mariaelisaalmeida
  • 7 de jun. de 2021
  • 2 min de leitura

Frequentemente associada a fatores genéticos, a doença pode causar infarto e é uma das principais causas de morte entre atletas jovens. Casos em que ocorre obstrução podem ser tratados por cateterismo


O que é cardiomiopatia hipertrófica


A doença é caracterizada pela hipertrofia (desenvolvimento excessivo) do músculo do coração. Pode atingir qualquer área do órgão, mas o mais comum é afetar a região do septo, a parte que divide as cavidades do coração. O septo, que tem menos de um centímetro de espessura, chega a duplicar ou triplicar de volume nos pacientes com cardiomiopatia hipertrófica.


É importante destacar que a hipertrofia do coração pode ser um processo normal quando deriva de estímulos. Por exemplo, a hipertrofia pode ocorrer em pessoas com hipertensão não controlada. O coração responde ao estímulo da pressão alta aumentando de tamanho.


Na cardiomiopatia hipertrófica, porém, a hipertrofia do coração acontece sozinha, ou seja, sem qualquer fator que estimule seu desenvolvimento. Segundo a literatura médica, a doença afeta 1 a cada 500 pessoas.


Em uma parte dos casos, o aumento anormal do volume do coração gera uma obstrução que afeta o fluxo sanguíneo. O que acontece é que, quando o coração bate movimentando as partes do músculo para bombear o sangue, o fluxo é dificultado porque encontra uma barreira na área aumentada pelo espessamento.


Sintomas e Diagnóstico


Os sintomas mais comuns são falta de ar, desmaios (geralmente durante ou após esforços físicos), dor no peito (durante ou após atividade física). Ao observá-los, é importante procurar um médico, pois a cardiomiopatia hipertrófica pode causar arritmia e levar à morte súbita. É uma das principais causas de morte súbita em atletas jovens.


O diagnóstico é feito com base na avaliação clínica e no resultado de exames, particularmente o ecocardiograma.


Às vezes, a pessoa não apresenta sintomas e acaba descobrindo a doença durante um check-up de rotina ou uma avaliação cardiológica para fazer academia ou praticar algum esporte competitivo.


Fatores de risco e prevenção


A cardiomiopatia hipertrófica geralmente está associada a fatores genéticos. Portanto, não tem como ser prevenida. Mas recomenda-se que pessoas que têm familiares com a doença, façam exames para controle e acompanhamento.


Tratamento


O tratamento da obstrução pode ser feito por cirurgia com o coração aberto para remoção de uma parte do músculo hipertrofiado; ou por cateterismo, alternativa cada vez mais adotada por se tratar de um procedimento menos invasivo. Neste tipo de intervenção, o médico introduz um cateter que chega até a coronária e injeta uma substância (álcool absoluto) que tem o efeito de dessecar os tecidos (faz com que eles ‘murchem’), diminuindo o volume da área hipertrofiada responsável pela obstrução.


Estudos científicos mostram que cirurgia e o cateterismo apresentam resultados equivalentes para o paciente. Assim, sempre que possível, a escolha recai sobre a alternativa minimamente invasiva, que envolve menos riscos, reduz tempo de internação e permite retomada mais rápida das atividades de rotina.




Fonte: Hospital Albert Einstein e Sociedade Brasileira de Cardioligia


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