Afinal, por que infartamos?
- mariaelisaalmeida
- 7 de fev. de 2022
- 2 min de leitura
Apesar de parecer repentino, o infarto é resultado de anos de descuido. Veja o que acontece com o corpo e aproveite para mudar os hábitos o quanto antes.
Não é raro escutar alguma história surpreendente de alguém que acordou muito bem para fazer as tarefas comuns do dia a dia e de repente… sofreu um ataque cardíaco. A princípio, parece um evento que acontece inesperadamente, afinal, “fulano estava muito bem quando isso ocorreu”. Mas, na verdade, não é bem assim.
Mesmo não sendo perceptível, a vítima de um ataque cardíaco já vinha, há tempos, sobrecarregando suas artérias coronárias.
Com apenas 2 milímetros de diâmetro, as artérias coronárias são as responsáveis por irrigar o coração. Embora seja um espaço estreito, quando sadias elas dão conta do recado. O problema é o que se faz com elas: nem todos mantêm uma alimentação balanceada e, muito menos, uma rotina de exercícios físicos. Quem nunca ficou com peso na consciência por ter exagerado nas frituras e doces, prometeu se reeducar e, em poucos dias, já abriu mão da promessa quando se viu diante de um prato suculento? Pois é, esse hábito é o ponto-chave que pode comprometer a saúde da suas artérias, principalmente as do coração.
Quando o exagero vira rotina, vem o declínio: o organismo começa a acumular gordura na parede interna das artérias coronárias, formando placas de gordura (endurecidas por fora e moles por dentro). Se o consumo de alimentos com colesterol ruim continuar, essa placa vai aumentando de tamanho, deixando o calibre interno da artéria (que era de 2mm) ainda mais estreito.
Com pouco espaço para transitar, o fluxo sanguíneo fica defasado. O coração tenta normalizar a situação trabalhando demasiadamente. Ele se esforça muito, mas em vão: trabalha bastante e recebe pouco sangue de volta. Como trabalhar demais cansa, esse esforço extra acaba gerando a famosa dor no peito, um dos primeiros sintomas do infarto. Como a placa de gordura não obstruiu toda a artéria, um pouco do sangue ainda continua a passar.
Mas em algum momento essa pequena irrigação acaba forçando a superfície dura e a rompendo. Quando isso acontece, a gordura amolecida que está lá dentro é liberada e, em segundos, as plaquetas do sangue ocupam o espaço onde estava a gordura, formando coágulos volumosos que impedem de vez a passagem de sangue e, por fim, entopem as artérias. O resulto é: bloqueio total de irrigação sanguínea do coração. Sem sangue, o órgão não recebe nutrientes nem oxigênio e começa a necrosar. É quando o indivíduo infarta.
Para evitar um ataque cardíaco, a receita é simples, mas requer força de vontade: mudar seu estilo de vida, o que envolve mudar a alimentação, praticar exercícios físicos e, claro, largar de uma vez por todas o cigarro.
Sinais e sintomas do ataque cardíaco
Dor/pressão no peito
Náuseas
Vômitos
Tontura
Desmaio
Síncopes – uma espécie de ‘apagão’
Cansaço
Falta de ar
Edema pulmonar
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